domingo, 11 de março de 2012

POR UM BRASIL LIMPO


     POR UM BRASIL LIMPO

Liliana Peixinho *

AÇÕES COTIDIANAS SIMPLES PARA REIVENTAR O MUNDO

O Movimento AMA/RAMA integrante de diversas redes como REBIA, Casas Amigas do Meio Ambiente, Amigas Marina Ambiente, Envolverde e REBEA,  articulador do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio + 20, vem a público socializar  manifestar seu interesse em atuar, apoiar, participar, fortalecer e apresentar propostas para as ações junto as organizações da sociedade civil e movimentosociais e populares de todo o Brasil e do mundo, para participar do processo de realização, em junho de 2012, da Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental. Evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD). 


 CAMPANHA CONTRA O DESPERDICIO

Entre as propostas  do Movimento AMA e da RAMA estão as campanhas  DESPERDICIO ZERO = FOME ZERO, PACTO DAS DONAS DE CASA, EMPRESAS E INSTITUIÇÓES PARA COLETA SELETIVA DE RESIDUOS , ação proativa para o CONSUMO CONSCIENTE, ADOÇÃO DA CULTURA DOS 7Rs - Racionalizar, Reduzir, Repensar, Recriar, Reaproveitar, Repartir, Revolucionar e  LIXO ZERO = SANEAMENTO DEZ = SAUDE MIL . Todas com agregação em aproveitamento integral do alimentos/segurança alimentar, cultura de prevenção e construção de cadeias produtivas harmoniosas  sustentáveis de ponta a ponta, para o comércio justo, inclusão social e bem viver em harmonia com a matriz mãe: Natureza.

Histórico socioambiental mundial

Resgate feito por coletivos socioambientais revelam que há vinte anos, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92) e diversas outras conferências das Nações Unidas realizadas planeta afora para  discutir os problemas globais que afetam a humanidade, pactuaram uma série de propostas para enfrentá-los.     Convenções  sobre Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Desertificação,  Agenda 21, Carta da Terra, Declaração sobre Florestas, Declaração de Durban são alguns desses macroeventos.  De um lado temos relatos históricos sobre a necessidade de reversão de problemas como:  miséria, injustiça social e degradação ambiental. 
Dados divulgados ao mundo mostram que sete bilhões de seres humanos vivem hoje as seqüelas da maior crise capitalista desde a de 1929. Vivemos o aumento gigantesco da desigualdade social e da pobreza extrema, com a fome afligindo diretamente um bilhão de pessoas. Presenciamos guerras e situações de violência endêmica e o crescimento do racismo e da xenofobia. 






O sistema de produção e consumo , representado pelas grandes corporações, mercados financeiros e  governos  asseguram a sua manutenção, produzem e aprofundam o aquecimento global e as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade, a escassez de água potável, o aumento da desertificação dos solos e da acidificação dos mares, num modelo de produção perverso, excludente de direitos mínimos  consagrados, como comer, beber água limpa e morar com dignidade.

CULTURA DOS Rs 


O modelo de consumo desmedido, produção pela produção, com descartes e desperdícios,  alimenta cadeias desarmoniosas com a vida, explorando mão de obra no trabalho de mulheres, crianças, idosos e  setores mais vulneráveis.  Matrizes energéticas com  queima de combustíveis  fósseis, degradação de ecossistemas, agronegócio, exploração mineral e vegetal gerando commodities atreladas a metas de crescimento, à qualquer custo,  tem banalizado os valores da Vida.  Com essa visão transversal c coletivos como os Movimentos  AMA e RAMA acreditam que a Rio+20 é uma oportunidade para “reinventar o mundo”, apontando saídas simples, no cotidiano, para descasos, desmandos  e dores,  na luta pela sobrevivencia.






 CONSTRUINDO CADEIAS DE VALORES

Compartilhamos com valores coletivos para a construção de agenda onde a governança global democrática requer a mudança de modelo econômicos acomodados nas vantagens do lucro fácil e rápido, para outro, onde possa dar oportunidade de ação aos mais variados atores sociais ativos em redes e organizações não governamentais,  movimentos sociais de distintas áreas de atuação,  ambientalistas, trabalhadores/as rurais e urbanos, mulheres, juventude, movimentos populares, povos originários, etnias discriminadas, empreendedores da economia solidária, dentre outros, com demandas de apoio historicamente reprimidas em experiências de lutas.


Como coletivo pensamos que a Rio +20 poderá ser um importante ponto na trajetória das lutas globais 
por justiça social e ambiental. Ela se soma ao processo que estamos construindo desde a Rio-92 e, em especial, a partir de Seattle, FSM, Cochabamba e que inclui  lutas  históricas para potencialização e inclusão de quem trabalha para os que acumulam e não distribuem.   Os Movimentos  AMA e RAMA, no Nordeste, na Bahia, querem ajudar a  construir  processos abertos e transparentes de ações, em prol da Vida digna, como deve ser.

Liliana Peixinho  
Jornalista e ativista socioambiental
Fundadora dos Movimentos RAMA e
 AMA - Amigos do Meio Ambiente     
Facebook – Liliana Peixinho